Resenha #19: O diário de Bridget Jones de Helen Fielding

No início desse ano eu me deparei com uma desafio da BBC que consistia em uma lista de cem livros  dos quais eles afirmavam que a maioria das pessoas teria lido, no máximo, apenas seis. Curiosa com isto e duvidando que eu tivesse lido apenas seis de cem fui averiguar o conteúdo da lista e, pasmem, eu só tinha lido dois dos livros citados. DOIS! Então, afim de mudar isto tomei como objetivo de vida ler, não todos, mas pelo menos a metade da lista, todos aqueles livros que me interessaram. O resultado de transformar a lista do desafio em um meta é que me tornei mais aberta a livros clássicos, tantos os mais antigos quanto os modernos, como é o caso de "O diário de Bridget Jones".

Autor: Helen Fielding

Editora: Galera Record

Páginas: 322

Ano: 2008

Sinopse: Inteligente, sarcástico, hilário, atual. Estas são as características que fizeram de O diário de Bridget Jones um grande sucesso de vendas. Escrito na forma de diário, o romance relata um ano na vida de Bridget Jones, uma solteira de trinta e poucos anos, que luta com todas as forças para emagrecer, encontrar um namorado, parar de beber e largar o cigarro. Uma história aparentemente comum, mas narrada em estilo impecável e com extrema sensibilidade pela jornalista britânica Helen Fielding. Bridget trabalha em uma editora, mora sozinha, é apaixonada por seu chefe e cultiva o hábito de conversar com amigas que, em torno de uma mesa de bar, sempre têm soluções teóricas para todos os problemas. É impossível ler este diário e não se identificar com a protagonista. O mundo está mesmo repleto de Bridgets.

Nota: 5/5 (Favoritado)

Falar de "O diário de Bridget Jones" é como falar de "O diário da princesa", sendo que a Mia cresceu e agora ao invés de ser uma menina em crise ela se transformou em uma mulher em crise. E, inexplicavelmente, mesmo eu estando mais próxima da idade da Mia do que da Bridget, foi com a segunda que eu mais me identifiquei. Não que eu tenha problemas com o meu atual estado civil ou com o meu relógio biológico, porém essas são questões reais com as quais muitas mulheres tem problemas em lidar com e nas quais existe uma pressão muito grande por parte da sociedade. Claro que a Bridget tem essas questões potencializadas, afinal se trata de uma  comédia e nada mais engraçado do que personagens dramáticos. Ou seja, a partir das primeiras paginas já me peguei completamente envolvida e apaixonada com os personagens.

Um ponto interessante a se comentar é que este livro é meio que inspirado em "Orgulho e preconceito" e tem muitas referências a obra da Jane Austen, o que, para mim, uma entusiasta do Mr. Darcy, só tornou está uma leitura mais rica em conteúdo. Devo informar que se você está lendo ou vai ler esse livro não deve ficar procurando por semelhanças entre a Bridget e a Lizzie, pois elas não existem, porém os personagens dos pais da Bridget, os amigos deles e os pares românticos da protagonista deixam bem claro de onde veio a inspiração da autora para esse livro.

Outro fator atraente em "O diário de Bridget Jones" é a leitura fluída, isso é bastante característico em livros que tem o estilo de diário, pois os capítulos  são menores, então o avanço é bem mais rápido. Mas, não foi só isso que me fez ler este livro tão rapidamente, o meu envolvimento com a história também foi consequência do humor bem elaborado e dos personagens bem construídos.

Resumindo, este é o livro ideal para você passar um feriado lendo. Ele é leve, envolvente e muito provavelmente não irá te decepcionar. Eu recomendo ele de olhos fechados, mas também sou suspeita disso já que ele se tornou favorito.

Espero que se vocês derem uma chance para essa leitura gostem tanto quanto eu o fiz.

Beijos e até a próxima 😘

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